quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Well..., me too. But not really.

Dias atrás digitei no google "Believe" - minha chefe queria uma arte para fazer os clientes da empresa ficarem [tentarem, ao menos] mais confiantes em si. Fora temas relacionados à bíblia e/ou igrejas tudo o que eu achava era essa figurinha aí em cima. (Ah sim, pessoas da série "X Files" também). Claro que não achei nada, ela surtou eu também mas eu tive uma idéia melhor. Fuçando em blogs alheios (vê aí na lateral e vai no "On the Rocks!" - ele é culpado!) achei uma outra coisa, no mínimo interessante (agora clica lá logo embaixo dos "Malvados" - tem um mostrinho" que você vai ter noção): é a F.S.M.
A "F.S.M." ou "Curch of the Flying Spaghetti Monster" é mais uma dessas pirações norte-americanas que, por incrível que pareça, está começando a atrair cada vez mais gente . Uma loucura de ums cidadãos aí que eu creio piamente estarem interessados em satirizar o mundo religioso (o que é bom, muuuiiito bom, diga-se). Revestidos de um potencial desacretivelmente sério eles publicam um "hate mail" (existem postagens até decentes, acreditem); e tem a famosa lojinha (vejam o FSM FISH, na verdade parece um carangueijo ou o "Procreation Car Emblem" - sátiras hilárias do 'famous' Jesus Fish dos "Atletas de Cristo - by the way..., a quem se aplicaria o termo "atleta de Cristo"? O quê é um "atleta de Cristo"???? É que se fosse "Atleta do Cristo" eu entenderia como alguém que é patricinado pelo dito cujo, but... Ah, somebody help me, please?!). Ah, eles tem até um livros publicado e disponível no Amazon.com.
Depois disso tudo eu fiquei pensando: será? Será que esse tipo de coisa existe messssssmo?

Pois é existe.

O que mais me impressiona é a capacidade do ser humano acreditar em qualquer coisa ou, o que é duplamente pior, achar que é capaz de fazer outro ser (humano ou nem tanto) acreditar também. Veja meu exemplo hipotético:

Estava eu e minha mãe, num final de semana hipotético, num shopping Paulista hipotético, dentro de uma livraria Saraiva hipotética ávidas para ler revistas hipotéticas. Bem, o ato de ler ficou só no campo hipotético mesmo porquê, quando chegamos à tal livraria todas as revista encontravam-se seladas em lindas e transparentes embalagens plásticas. [ Mas a Caras tava sem selagem que eu vi!!!!!!] Então minha mãe hipotética, pegou uma revista Caras hipotética, sentou-se numa poltrona hipotética, e pôs-se a ler. Aí veio uma funcionária hipotética e berrou:

-Essa revista é da Sra. agora!
(mãe hipotética)
-Não!!!! (no mesmo tom)
-É sim! Está aberta!!!!
-Mas todas as Caras estão, benzinho. (mãe hipotética apeta os olhinhos verdes e aponta a bancada)
-Ah..., ah, é? Desculpa então...
(funcionária hipotética sai saltitando)

Mamãe hipotética sai atrás de um responsável hipotético e encotra ele - o gerente hipotético:

-Porque as revistas estão seladas? (apontando o dedo para a bancada)
(gerente hipotético com cara de tacho)
-Como senhora? (sorriso petrificado)
-Eu quero saber porque não posso ler mais revistas nessa Saraiva? (repare no olhar de ódio - do tipo: para de me enrolar e responde a minha pergunta)
-Senhora, sempre as revistas vieram assim pra gente... é o sistema de vendas que é assim... (mentira! faz três meses hipotéticos que eu&mommys freqüentávamos hipoteticamente esta livraria hipotética e não era assim, but.../ agora, para vocês que prezam por suas vidinhas hipotéticas NUNCA pronunciem essa palavra perto da minha mãe - ou vai se arrepender..., é sério! Vai arriscar..., bem, eu não me responsabilizo...)
-Isso é mentira!!!! (Repare no surto, eu avisei...)
-Senhora, as revistas nunca tiveram aberta não... é o sistema que é assim mesmo... (não repare as contruções frasais exdrúxulas, o cidadão falou assim mesmo)

Mamãe hipotécia virou suas largas costas também hipotéticas e se dirigiu para fora. Foi até outro Shopping Ibirapuera hipotético, onde há uma outra livraria Saraiva hipotética (esta sim freqüêntada durante quase 10 anos hipotéticos por nós). Surpresa: todas as revistas disponíveis para serem lidas. Então eu virei pro meu camarada Fábio - hipotético gerente desta hipotética livraria - e lancei:

- Que bom que aqui eu posso ler em paz...
- E por quê não poderia? (lá vem ele com aquela monocêlha...)
- Ué, aqui ainda não tem "sistema de vendas"? (alardeio)
- Ãh? Você tá falando do quê? (me puxa para o lado pelo braço)
(Depois de tudo explicado)
- Política de "sistema de vendas"??? Mais a Saraiva NUNCA teve isso!
(E sai rindo da minha cara como se eu tivesse dito a coisa mais improvável do momento)

Dessa forma continuo tendo que ir ao meu antigo bairro se quiser ter acesso a informação livre. (mesmo que não seja cultura, seja só informação mesmo)

Ainda bem que eu ando muito mais louca do que o de costume e já desconfio de todo mundo faz tempo. (Agora desconfio um pouco mais, claro.)